ABSENTEÍSMO DOCENTE

Meu primeiro post é sobre um assunto que muito interessa aos meus colegas docentes. Pouco antes de terminarmos o semestre letivo – 2015.1 – estávamos conversando eu e Edilene na escola na qual damos aula, sobre o que seria ABSENTEÍSMO DOCENTE, na brincadeira cogitávamos inúmeras possibilidades da real acepção do termo. Isto porque, a edição no. 82 da Revista Construir Notícias veio com o tema em sua capa: “ABSENTEÍSMO DOCENTE ” e atrás, uma frase relativa àquele “PROFESSOR QUE FALTA FAZ FALTA”.

Então, hoje resolvi parar um pouquinho e ler sobre o assunto, um artigo esplêndido escrito pela Ph.D. em Educação, Rosangela Nieto de Albuquerque.

Em uma leitura atraente e muito informativa, pude perceber pontos educacionais, políticos e sociais que faz referência à crise na educação familiar e a mudança social acelerada que incidiu brutalmente sobre o cotidiano escolar, e um dos reflexos do seu corolário foi o dito ABSENTEÍSMO DOCENTE que é visto conforme a autora “como uma estratégia de defesa, como mecanismo de fuga da dor e do sofrimento, aumentando o percentual de solicitações de remoção, de evasão e de desvio de função”. Ocorrências estas causadas devido a frustração do professoarado ao ver suas atividades banalizadas, cujas teriam o escopo de alcançar o ideal de qualquer docente, ou seja, a crença de que a educação TRANSFORMA, gerando deste modo, uma desmotivação; um estresse laboral no educador.

O que torna-se essecial ressaltar no que remete a esta matéria, é que se faz necessário uma maior interação entre gestor, professor e estudante. A este, porque como parte intrínseca do trabalho e resultado do professor, “se não sabem para onde vão, qualquer lugar serve”, ao professor cabe a conscientização de sua importância no processo educativo e na escassez de profissionais comprometidos e competentes é infelizmente a realidade nacional, por fim aqueles, são os responsáveis por mediar a relação entre educador e educando, e ao mesmo tempo que equilibra a compreensão dos problemas dos professores, demosntra firmeza para estabelecer rotinas que reduzam as ausências, segundo a autora. Os gestores tem um papel crucial também planejar uma organização que rompa com a práxis pedagógica ultrapassada e obsoleta de não ter um projeto que abarque a previsão da ausência de docentes o que acarreta o não cumprimento de atividades educacionais pelos alunos, também fazendo falta perante os alunos, tanto quanto os professores.

Não poderia deixar de reescrever o seguinte parágrafo:

Nóvoa (1999) enfatiza que os valores que sustentavam a profissão docente caíram em desuso em virtude da evolução social e da mudança nos sistemas educativos. Para o autor, o velho modelo não serve mais à ação pedagógica nem à profissão docente; os ideais da educação necessitam ser reexaminados. Os professores se veem em um enorme conflito, pois necessitam refazer suas identidades e aderir a novos valores. O que poderá contribuir para o novo fazer pedagógico é, justamente, uma reflexão crítica sobre a função de ser professor.

A autora traz metas “REINTERESANTES (leia-se em espanhol)” para se fazer realmente EDUCAÇÃO, vale muito a pena conferir.

OBS.: Não havia notado inicialmente que ABSENTEÍSMO, lembra a palavra em inglês “ABSENT” que significa ausente. E eu que cobro isso tanto dos meus alunos na hora da chamada nem havia me despertado para essa ironia.

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